Introdução

Os avanços recentes e as tendências para o futuro da agricultura brasileira apontam para a oportunidade de nova transformação agrícola baseada em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Esta nova agricultura, que terá como alicerce os avanços na fronteira do conhecimento em intensificação sustentável (sobretudo os sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta – ILPF), tecnologias digitais (com predominância do uso de drones, sensores, internet das coisas – IoT, inteligência artificial e blockchain), bioeconomia (com destaque para insumos biológicos), gestão de risco e convergência tecnológica, deverá gerar mais valor para as cadeias produtivas e para a sociedade, ao mesmo tempo em que assegurará a oferta de mais e melhores produtos, garantindo, assim, a segurança alimentar da sociedade brasileira e provendo a preservação da base dos recursos naturais. Além disso, contribuirá, cada vez mais, para o desenvolvimento regional e o bem-estar das populações rural e urbana.

Com o intuito de incorporar as transformações que se encontram em curso na agricultura, o processo de elaboração deste VII Plano Diretor da Embrapa (PDE) baseou-se em evidências e percepções contidas em uma ampla fonte de dados, estudos e instrumentos de coleta de informações: consultas aos empregados das Unidades Centrais e Descentralizadas da Embrapa; consultas e entrevistas com públicos de interesse (stakeholders); workshops com participantes do setor produtivo, da academia, do governo e da própria Embrapa.

As dimensões de análise tratadas nesse processo incluíram o futuro dos sistemas agrícolas, alimentares e agroindustriais, da pesquisa agropecuária e das organizações públicas de pesquisa agropecuária. Ademais, foram tratadas as questões relativas às competências nacionais nos temas de PD&I, as relações com públicos de interesse na formulação e na execução das agendas de PD&I, os focos de atuação nos ecossistemas de inovação para diferentes temáticas, além das questões de gestão, com ênfase em processos administrativos, gerenciais, avaliação de impactos, formação de parcerias e financiamento.

O VII PDE traz, portanto, um novo olhar sobre o posicionamento institucional, pensado a partir da diversidade dos ecossistemas de inovação para aprimorar a execução de PD&I, as relações institucionais e a inteligência agropecuária, além de fortalecer a governança e a gestão. Conectados a esse posicionamento institucional, a missão, a visão e os valores da Embrapa traduzem o valor a ser entregue à sociedade, o que
permite consolidar essa mudança de perspectiva.

O posicionamento estratégico da Empresa é definido pelos objetivos apresentados neste VII PDE, que estão classificados em objetivos finalísticos, associados ao ecossistema de inovação (que priorizam os temas estratégicos da pesquisa agropecuária no País) e objetivos de gestão, associados à eficiência organizacional (que buscam garantir o cumprimento da missão da Embrapa em PD&I, bem como consolidar a excelência em gestão). 

O VII PDE, além de apontar os caminhos da pesquisa agropecuária a serem percorridos pela Embrapa em conjunto com seus parceiros nos próximos anos, estabelece, de forma inovadora, metas estratégicas robustas que visam dar concretude aos objetivos propostos. Tais metas serão monitoradas por meio de indicadores para acompanhamento constante do seu desempenho. Considerando o caráter dinâmico dos ecossistemas de inovação agropecuária e os esforços constantes na melhoria da governança da Empresa, as metas propostas serão ajustadas, sempre que necessário, de modo a atender às demandas do setor produtivo, do governo e da sociedade.

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O VII PDE traz um novo olhar sobre o posicionamento institucional, pensado a partir da diversidade dos ecossistemas de inovação para aprimorar a execu...